domingo, 9 de agosto de 2020

TIRADENTES


Tiradentes (1746 – 1792) foi um dos líderes da Conjuração Mineira, movimento de tentativa de libertação colonial da província de Vila Rica, baseado nas ideias difundidas pelo Movimento Iluminista oriundo da França (liberté – egalité – fraternité). .

Aos 29 anos de idade entrou para o Regimento de Cavalaria de Minas Gerais como Alferes, correspondente a Tenente de hoje. Naquele tempo não havia separação entre Exército, Polícia Militar e Polícia Civil, tudo era feito pela mesma tropa. Foi encarregado de muitas missões e viajava freqüentemente ao Rio de Janeiro, onde ficava às vezes por muito tempo. Sua tropa esteve destacada junto às estradas para perseguir e prender os bandoleiros que as infestavam.

Era inteligente, boa caligrafia, entendia bastante de latim, possuía dicionário de francês, lia livros sobre o movimento de independência americana. Tinha uma personalidade exaltada e inquieta, muita curiosidade, falava muito e era convincente. Por causa de suas atividades, suas ideias, suas pregações, chamavam-no, além de Tiradentes, também de “o corta-vento”, “gramaticão”, “o República” e “o Liberdade”, segundo o relato de historiadores. Não há nenhum quadro nem descrição mostrando qual era sua aparência física, de modo que sua figura que hoje vemos como Alferes não é exatamente seu retrato, e a de quando foi esquartejado o pintor parece querer fazê-lo semelhante a Jesus Cristo. Nasceu no Sítio Fazenda do Pombal, hoje município de Ritápolis em data desconhecida do ano de 1746, sendo batizado em 12 de novembro de 1746.

Ganhou a vida de diferentes maneiras, além de militar no posto de Alferes, foi tropeiro, minerador, comerciante e se dedicou também às práticas farmacêuticas e ao exercício da profissão de dentista, o que lhe valeu o apelido de Tiradentes. Joaquim José da Silva Xavier (Tiradentes), embora não tenha sido o idealizador do movimento, teve papel importante na propagação das idéias revolucionárias junto ao povo, tentando com isso arregimentar adeptos. Foi traído por Joaquim Silvério dos Reis, sendo preso no Rio de Janeiro no dia 10 de maio de 1789 e enforcado no dia 21 de abril de 1792, com 45 ou 46 anos. Era solteiro mas deixou uma filha, que morreu ainda criança. Seu corpo foi esquartejado e exposto pelas ruas de Minas Gerais.

Por sua demonstração de amor à Pátria foi homenageado em 1946, quando o então presidente Eurico Gaspar Dutra assina o Decreto-Lei nº 9208 de 29 de abril, instituindo o dia 21 de abril como o Dia das Polícias Militares, sendo o Mártir da Independência considerado o Patrono Cívico da Nação e das Polícias Militares do Brasil.

O Alferes Tiradentes honrou com sua própria vida valores éticos e morais, valores inerentes à atividade policial militar. Embora este movimento de libertação não tenha atingido seus ideais, a participação de Tiradentes foi um importante fator para a formação da Nação Brasileira.



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