Tiradentes (1746 – 1792)
foi um dos líderes da Conjuração Mineira, movimento de tentativa de libertação
colonial da província de Vila Rica, baseado nas ideias difundidas pelo
Movimento Iluminista oriundo da França (liberté – egalité – fraternité). .
Aos 29 anos de idade
entrou para o Regimento de Cavalaria de Minas Gerais como Alferes,
correspondente a Tenente de hoje. Naquele tempo não havia separação entre
Exército, Polícia Militar e Polícia Civil, tudo era feito pela mesma tropa. Foi
encarregado de muitas missões e viajava freqüentemente ao Rio de Janeiro, onde
ficava às vezes por muito tempo. Sua tropa esteve destacada junto às estradas
para perseguir e prender os bandoleiros que as infestavam.
Era inteligente, boa
caligrafia, entendia bastante de latim, possuía dicionário de francês, lia
livros sobre o movimento de independência americana. Tinha uma personalidade
exaltada e inquieta, muita curiosidade, falava muito e era convincente. Por causa
de suas atividades, suas ideias, suas pregações, chamavam-no, além de
Tiradentes, também de “o corta-vento”, “gramaticão”, “o República” e “o
Liberdade”, segundo o relato de historiadores. Não há nenhum quadro nem
descrição mostrando qual era sua aparência física, de modo que sua figura que
hoje vemos como Alferes não é exatamente seu retrato, e a de quando foi esquartejado
o pintor parece querer fazê-lo semelhante a Jesus Cristo. Nasceu no Sítio
Fazenda do Pombal, hoje município de Ritápolis em data desconhecida do ano de
1746, sendo batizado em 12 de novembro de 1746.
Ganhou a vida de
diferentes maneiras, além de militar no posto de Alferes, foi tropeiro,
minerador, comerciante e se dedicou também às práticas farmacêuticas e ao
exercício da profissão de dentista, o que lhe valeu o apelido de Tiradentes.
Joaquim José da Silva Xavier (Tiradentes), embora não tenha sido o idealizador
do movimento, teve papel importante na propagação das idéias revolucionárias
junto ao povo, tentando com isso arregimentar adeptos. Foi traído por Joaquim
Silvério dos Reis, sendo preso no Rio de Janeiro no dia 10 de maio de 1789 e
enforcado no dia 21 de abril de 1792, com 45 ou 46 anos. Era solteiro mas
deixou uma filha, que morreu ainda criança. Seu corpo foi esquartejado e
exposto pelas ruas de Minas Gerais.
Por sua demonstração de
amor à Pátria foi homenageado em 1946, quando o então presidente Eurico Gaspar
Dutra assina o Decreto-Lei nº 9208 de 29 de abril, instituindo o dia 21 de
abril como o Dia das Polícias Militares, sendo o Mártir da Independência
considerado o Patrono Cívico da Nação e das Polícias Militares do Brasil.
O Alferes Tiradentes
honrou com sua própria vida valores éticos e morais, valores inerentes à
atividade policial militar. Embora este movimento de libertação não tenha
atingido seus ideais, a participação de Tiradentes foi um importante fator para
a formação da Nação Brasileira.
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