domingo, 9 de agosto de 2020

O ESTADO TEOCRÁTICO




Só não nos tornamos um Irã dos Aiatolás porque não temos cultura milenar. Afinal a Antiga Pérsia foi o berço da civilização, período no qual a Religião preponderava sobre a sociedade constituída entre: “religião - monarquia - comércio”; numa forma monolítica piramidal ou Uni-membração Social. A Religião era calcada nos Mandamentos (com códigos e normas), os quais geravam impulsos sociais e econômicos. O ser humano não existia como indivíduo (como ser livre), pois estava subjugado à divindade, à terra, à hereditariedade e ao monarca.

No período greco-romano nasceu o Direito — o “civis romanus” (o cidadão de Roma), com direitos, deveres, propriedades, tribunais etc. Pode-se denominar Bi-membração Social. E recentemente com as grandes navegações (1500), nasceu a Economia, necessitando de “capital” (significa aquele que usa a cabeça - capitis) para investir em grandes projetos “globalizantes” (um produto feito aqui pode atender a necessidade de um consumidor do outro lado do globo). Estamos vivendo então a Tri-membração Social?

Ainda não. Todos países estão atrasados nesse quesito evolutivo civilizatório: todos estão vivendo a Bi-membração Social, entre as Vidas Política/Jurídica e Econômica. Onde está a Vida Cultural/Espiritual da humanidade, onde deve imperar o “liberalismo”?

Voltando ao nosso país, com todo mérito do atual Estado brasileiro ter feito uma faxina moralizadora no tocante à corrupção e desmando com a coisa pública; e começando a entregar seu patrimônio de bens de produção, empresas etc nas mãos da iniciativa privada (economia), mas está exalando ar teocrático — em grande parte por estar atrelado à bancada religiosa no Congresso. No entanto Estado Teocrático é um retrocesso evolutivo, pois já deveríamos estar vivendo sob a égide dos três poderes:

Liberdade — para o indivíduo (Liberalismo)

Igualdade — perante as leis (Democracia)

Fraternidade — para trabalhar para os outros (Economia)

A prerrogativa Estatal é a de promover a “igualdade” entre todos perante a lei e de fornecer serviços públicos de qualidade (segurança pública, burocracia documental, estradas etc). A postura teocrática estatal subsististe por causa da ausência do 1º membro do organismo social, que no passado era a Religião, como se mostrou acima.

É preciso resgatar o 1º membro do organismo social - para dentro do seio da sociedade com a criação do Conselho Cultural do Brasil (CCB) em Brasília. Assim teremos um projeto de sociedade que almejamos. Teremos um futuro para todos. Todos são convidados a participar. Entre no blog para ver outros artigos.

Antonio Marques

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ÍNDICE

Bloco 1 Abuso de Autoridade  O Fim da Política  Violência na Política  O Estado Teocrático  A Intromissão Estatal Imperium Estatal ...