“A consciência histórica é
a chave para uma compreensão criativa do futuro” - Lex Boss
Sabemos dos textos
anteriores que o “impulso Templário” — cuja essência tem a ver com a trilogia
“ora, convive et labora” (trimembração social) e seu principal mote: lidar com
o “dinheiro” (sistema bancário) de forma altruísta — foi trazido ao Brasil para
ser concretizado na futura época cultural Americana.
Esse “espírito do tempo”
retornou no séc. XVIII, denominado “Iluminismo”, varrendo o mundo ocidental,
clamando contra o colonialismo e o absolutismo; e buscando novo paradigma
social àquele que nos precedeu, a Idade Média, denominado Idade das Trevas. Mas
não adiantaram as revoluções mundo afora: Suíça, Norte-americana, Inglaterra,
Irlanda, Países Baixos, Bélgica, Gênova e finalmente França (1789). E o quê o
Brasil tem a ver com isso? — Nós também fizemos parte e tivemos as nossas
revoluções, conhecidas como “Conjurações”: Mineira, Bahiana, Pernambucana,
Carioca e Suassuna.
Liberdade — no pensar
(liberalismo)
Igualdade — na vida do
direito (democracia) Fraternidade — na vida econômica (socialismo)
——
Obs.: A palavra
“Socialismo” é conhecida erroneamente como viés político — no entanto seu
verdadeiro significado etimológico é = trabalhar para o social, trabalhar para
os outros; ou seja, faz parte da esfera econômica, onde deve imperar a
fraternidade.
——
— Porque ainda não estamos
vivendo sob a égide da Trimembração Social? Será que perdemos a memória
histórica? Não demos um passo para frente e ainda amargamos a sociedade
“bimembrada” (polarizada) entre “Política - Economia”? Onde está a Vida
Cultural/Espiritual (liberalismo)?
— O motivo é porque não
tivemos o grão-ducado de Kaspar Hauser von Baden (1812 – 1833), no sul da
Alemanha, neto de Napoleão Bonaparte. Este, ao vencer o Sacro Império
Romano-Germânico (Áustria e Prússia) na batalha de Austerlitz, aglutinou 16
estados alemães sob a denominação de Confederação do Reno (Rheinbund), querendo
com isso conseguir a paz na Europa e concretizar o “iluminismo”, através de seu
neto Kaspar. Mas este foi raptado ao nascer, preso incomunicável e assassinado
aos 21 anos.
Enquanto na França ocorreu
a Revolução armamentista, com a queda da monarquia, na Alemanha a Revolução foi
filosófica, através de Friedrich Schiller (1759 – 1805) com suas “Cartas
Estéticas”. O que essas Cartas falam? Elas relacionam os impulsos humanos com
as forças sociais presentes no organismo social e sugere encontrar um meio
termo, que ele nomeia de “Cultura”. O grão-ducado de Kaspar serviria de vitrine
para mostrar ao mundo este organismo social trimembrado schilleriano de forma
“imagética” (em imagens) e hoje saberíamos como concretiza-lo no mundo.
E como seria essa nova
sociedade e como ela estaria organizada? “Ao lado do Parlamento Político, que
administra a posição jurídica do indivíduo perante a coletividade e do povo
todo perante o mundo internacional, e ao lado do Conselho Econômico, que deve
zelar pelas bases materiais da vida do povo, precisamos de um Conselho Cultural
que se preocupe com os assuntos espirituais e tenha como tarefa a promoção dos
mesmos” (Rudolf Steiner, Dornach, Suíça em 26.12.1920 - GA 202).
Por isso nossa proposta:
precisa-se criar o Conselho Cultural do Brasil (CCB) em Brasília DF, como
“poder moderador”, para dialogar com os outros dois poderes.
Mais informações no livro
“Psicologia Goethiana - projeto de sociedade que todos queremos - a mudança
começa comigo”, São Paulo : Barany, 2016, deste autor.
Dr. Antonio Marques
Conselho Cultural do
Brasil (CCB)
Nenhum comentário:
Postar um comentário