domingo, 9 de agosto de 2020

A ORIGEM DO “SOCIALISMO”





Seu criador foi Henri de Saint Simon (1760 - 1825) que defendeu a tecnocracia (governar através da técnica) e o planejamento industrial. Seu lema era: “cada um segundo sua capacidade; a cada capacidade segundo seu trabalho”. Sua visão apontava para o trabalho como gerador da produção econômica; e desta beneficiaria a todos. Exigia-se “trabalho” para gerar produção. Ou seja, deve-se trabalhar para o social, para o outro.

Depois Noël Babeuf retirou a fundamentação teológica, para distribuição de riquezas e propriedades, para diminuir a distância entre ricos e pobres. Ou seja, suprimiu-se o “trabalho” para entrar no final: a divisão de riquezas. Dessa maneira estava se cumprindo a Utopia de Tomás Morus, a “ilha da felicidade” (você merece ser feliz) - dividir as riquezas, mas sem trabalhar.

Finalmente Karl Marx levou a extremo, dizendo que para conseguir o que Babeuf dizia, seria conseguido através da luta de classe e da ditadura do proletariado (= comunismo).

Portanto, é preciso resgatar e salvar o Socialismo para sua finalidade precípua, conforme seu criador acima: “cada um segundo sua capacidade de trabalho”. Ou seja, socialismo significa trabalhar para o social, para os outros, significa nos tornarmos moralmente produtivos.
“Socialismo rima com Moralidade”. Por isso deve fazer parte do organismo social como um todo. Assim como nosso organismo físico é dividido em três partes (cabeça, tronco e membros), também o organismo social é trimembrado:

Liberalismo — Vida Cultural/Espiritual (liberdade)
Democracia — Vida Jurídica/Política (igualdade)
Socialismo — Vida Econômica (fraternidade)

Esta citação de Steiner mostra que cada esfera do organismo social tem que trabalhar em integração com as demais — toda vez que uma área sai do conjunto, gera-se uma patologia social:

Liberalismo —> neoliberalismo
Democracia —> ditadura
Socialismo —> comunismo

“A humanidade não terá mais o que dizer, se não estruturar seu organismo social no sentido da trimembração: do socialismo para a vida econômica; da democracia para a vida do direito (ou do estado); e a liberdade ou do individualismo para a vida do espírito”.
GA 206, palestra de 9.8.19 p.18 Col RYS.


Antonio Marques

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