Fim traduz finalidade
(Causa Final de Aristóteles), o objetivo ou a meta da minha ação direcionada a
outro ser humano. Ou seja, o que estamos falando é sobre a “finalidade da
política”, que é gerar igualdade perante os seres humanos, através da jurisprudência
(códigos morais do bem viver comum), além de servir ao outro, à comunidade, ao
social ou à pólis. Afinal, nascemos juntos, como Aristóteles fala: “a pólis é
anterior ao indivíduo e à família - nós nascemos juntos”. Ou seja, a sociedade
ou a comunidade humana foi criada pela Divindade e daí “cada um seguiu por
rotas separadas” (Schiller), justamente para vivenciar o mundo e se realizar
nele.
Três processos citados:
“origem - vivência - atuação”. Essa trilogia permeia o ser humano desde os
primórdios civilizatórios; e entre os Templários na Idade Média se conhecia
como “ora, convive et labora” — e deveria se realizar atualmente nas três áreas
sociais: “liberalismo - democracia - economia”.
Dentro de si o ser humano
se vivencia como ser livre, na busca da virtude — denomina-se “individualismo
ético”. E lá fora o ser humano precisa conviver entre seus pares (política) e
produzir/consumir (economia); ambas ações que se traduzem em “moralidade”. Por
isso a ética vive dentro do ser humano (e não existe código de ética para
aquilo que vive dentro de si). Mas ao conviver com os outros (política) ou
comprar, produzir e consumir, vive-se na moralidade — por isso os códigos têm
que ser morais. Código moral.
Ou seja, tanto a ética
(interior) e a moralidade (exterior), precisam ser treinadas pela auto-Educação
e pela Cultura, respectivamente. Por isso a necessidade de nascer o Liberalismo
no mundo.
A vida política/jurídica
deve apenas ser equânime entre os seres humanos, permitindo melhores condições
de ir e vir, documentação, saneamento básico etc. Inclusive em caso de não
observância por algum deslize social, deve atuar como “justiça misericordiosa”.
É o fiel da balança na sociedade.
“O homem é capaz de
moralidade porque é capaz da educação. Mas a educação é possível somente no
viver comum. Assim o homem é um ser moral justamente porque é um ser político”.
Aristóteles (A Ética)
Antonio Marques
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