domingo, 9 de agosto de 2020

AMÉRICA- II




Como mostrado no texto anterior, após a descoberta de novas terras, as três Américas receberam três impulsos distintos, que iriam selar seus destinos e missões: a do Norte = dos povos do hemisfério norte europeu; a do Centro/Sul de língua espanhola = da Espanha; e a do Brasil = dos Celtas (que deram o nome “Hy Breazil” ao nosso Brasil) e de Portugal (através dos “Templários”).

O quê essa ordem militar cavalheiresca cristã medieval, que atuou entre 1119 a 1312, tem de importância para o Brasil? Nesse período prevalecia o “ora et labora” ou bimembração social (Religião - Estado); mas, mudanças viriam com as circulações de pessoas e de dinheiro — com as Cruzadas e com o crescimento da classe média, a qual começou a viver da compra e da venda, respectivamente. Mas a Igreja impôs sua bula pontifícia “renovatio monetarum”, a qual condenava a “usura” (empréstimos a juros): não se podia emprestar dinheiro e ainda usufruir lucro dessa transação — quem assim procedesse seria “ladrão”, pois quem pede dinheiro o faz por necessidade; e além disso estaria roubando o “tempo”, que é de Deus (não se podia lucrar no tempo, com aquilo que não é seu). Conceitos estranhos para nossa atual época sem história e sem sentido. Por isso estamos resgatando o passado para termos futuro.

Foi justamente aí que entram os Templários, implantando uma inovação: o “sistema bancário” (por se realizar no banco da praça), permitindo ressarcimento do valor em outro local, letras de câmbio, trocas de moedas etc. Para onde foi essa fortuna manipulada por eles, uma vez que não podia render juros? Foi para construções de igrejas (em 200 anos foram construídas 300 catedrais: Chartres, Rouen, Reims etc), para manter pessoas e frota de caravelas, dentre as quais algumas foram usados pelo “templário” Pedro Álvares Cabral para descobrir o Brasil. Por isso suas velas insufladas ao vento (veja imagem) portavam a “Cruz Templária”. Com isso implantou-se precocemente na história o “ora, convive et labora” ou trimembração social (Religião - Estado - Economia), que deveria nascer no Renascimento.

Essa ordem foi massacrada na Europa (em 1312), mas sobreviveu em Portugal como “Ordem de Cristo”, através da qual trouxe este impulso futurista à “Terra da Santa Cruz”. Essa semente foi plantada na “Terra Abençoada” (Hy Breazil) ao se realizar o primeiro gesto de grandeza e humildade: levantar a “cruz” para a “primeira missa”. Este é o nosso destino e a nossa missão: concretizar a Trimembração do organismo social:

Vida Cultural/Espiritual — liberalismo
Vida Política/Jurídica — igualdade
Vida Econômica — fraternidade

Desperte Brasil

Dr. Antonio Marques
Conselho Cultural do Brasil (CCB)



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