domingo, 9 de agosto de 2020

ÍNDICE

Bloco 1
Abuso de Autoridade 
O Fim da Política 
Violência na Política 
O Estado Teocrático 
A Intromissão Estatal
Imperium Estatal

Bloco 2
Existe Democracia Liberal?
O Poder Moderador
A Origem do Socialismo
A Origem da Esquerda
Teoria da Conspiração 
Coronavírus e a Economia

Bloco 3
Liberdade - Igualdade - Fraternidade 
As naturezas da Liberdade - Intuição - Verdade - Amor
Fantasia Moral
Trimembração Social 
Carta ao Povo Brasileiro
Minuta para a criação do CCB 

Bloco 4
macro - ECONOMIA - humanizada 
A Questão Salarial
Nova Missão para o BNDES 
Mercosul — União Europeia
Criptomoedas 

Bloco 5
América - I 
América - II 
América - III
América - IV
O Liberalismo quer nascer

Bloco 6
A Era da Supremacia do Ego - I
A Era da Alma da Consciência - II 
Além do Ego - III 
O Eu e a Humanidade - IV 
O Ego nasce do id - V
Evolução do Pensar - VI
Pensar de águia - VII

Bloco 7
Memória - I
Memória - II 
Memória - III
Memória - IV

Bloco 8
Sobre o Ensino
Sobre o Ensino Superior 
Metodologia Científica 
As Cartas Estéticas de Schiller 
Tiradentes

ABUSO DE AUTORIDADE — chega! PODER MODERADOR — já!




É vergonhoso o papel do STF se transformar num Juiz de 1ª Instância, numa verdadeira “ditadura do Judiciário” (como sentencia Rui Barbosa), invadindo residências de pessoas notadamente confessas que apoiam este governo, com a justificativa de busca e apreensão para colher provas — baseada em “mentirinhas” de fake news. Com aparato policial de filme de Rambo, o que encontram: camisetas, cartazes, fogos de artifício etc.

E o pior: no BR nem depois da 2ª Instância o réu é preso; mas pela “ditadura do STF” já se prende na 1ª Instância. Mas, qual a necessidade probatória para invadir 6h da manhã, acordar toda família, com a mídia sedenta por sangue, só para colocar no ridículo quem apoia este governo legitimamente eleito pela maioria do povo brasileiro? Ainda mais, cria-se a peja de “antidemocrático” — o que não se justifica, porque a democracia é o povo. E o povo elegeu este governo para “purgar” a praga que aparelhou o Estado por mais de 30 anos. Pela primeira vez estamos tentando viver a normalidade democrática — mas o viés ideológico não deixa. Inclusive a Justiça deve se pronunciar somente se provocada, se solicitada. Esse abuso de autoridade só ocorre porque não temos um órgão acima do STF, não existe uma Ouvidoria para proteger o cidadão das injustiças da Justiça. O que se tinha como “Poder Moderador” exercido por D. Pedro II, funcionava como “terceiro poder”, do diálogo, do apaziguador. Não tem mais.

Em nome do “indivíduo livre”, clamo:

O abuso de autoridade deverá cessar imediatamente. Para isso é preciso que se crie o Conselho Cultural do Brasil (CCB), pois este órgão representa os interesses do indivíduo, do livre pensar. Somente quando tivermos os três setores da sociedade livremente assentados e autonomamente constituídos, entre “Vida Cultural/Espiritual” (representante do indivíduo livre), “Vida Política/Jurídica” (para promover a igualdade entre os homens) e “Vida Econômica” (para produzir bens para o consumo humano), teremos liberdade humana, justiça social e seres moralmente produtivos.

Que se cumpra esta Trimembração Social.

Antonio Marques
Conselho Cultural do Brasil (CCB)

O FIM da POLÍTICA





Fim traduz finalidade (Causa Final de Aristóteles), o objetivo ou a meta da minha ação direcionada a outro ser humano. Ou seja, o que estamos falando é sobre a “finalidade da política”, que é gerar igualdade perante os seres humanos, através da jurisprudência (códigos morais do bem viver comum), além de servir ao outro, à comunidade, ao social ou à pólis. Afinal, nascemos juntos, como Aristóteles fala: “a pólis é anterior ao indivíduo e à família - nós nascemos juntos”. Ou seja, a sociedade ou a comunidade humana foi criada pela Divindade e daí “cada um seguiu por rotas separadas” (Schiller), justamente para vivenciar o mundo e se realizar nele.

Três processos citados: “origem - vivência - atuação”. Essa trilogia permeia o ser humano desde os primórdios civilizatórios; e entre os Templários na Idade Média se conhecia como “ora, convive et labora” — e deveria se realizar atualmente nas três áreas sociais: “liberalismo - democracia - economia”.

Dentro de si o ser humano se vivencia como ser livre, na busca da virtude — denomina-se “individualismo ético”. E lá fora o ser humano precisa conviver entre seus pares (política) e produzir/consumir (economia); ambas ações que se traduzem em “moralidade”. Por isso a ética vive dentro do ser humano (e não existe código de ética para aquilo que vive dentro de si). Mas ao conviver com os outros (política) ou comprar, produzir e consumir, vive-se na moralidade — por isso os códigos têm que ser morais. Código moral.

Ou seja, tanto a ética (interior) e a moralidade (exterior), precisam ser treinadas pela auto-Educação e pela Cultura, respectivamente. Por isso a necessidade de nascer o Liberalismo no mundo.

A vida política/jurídica deve apenas ser equânime entre os seres humanos, permitindo melhores condições de ir e vir, documentação, saneamento básico etc. Inclusive em caso de não observância por algum deslize social, deve atuar como “justiça misericordiosa”. É o fiel da balança na sociedade.

“O homem é capaz de moralidade porque é capaz da educação. Mas a educação é possível somente no viver comum. Assim o homem é um ser moral justamente porque é um ser político”. Aristóteles (A Ética)

Antonio Marques

A VIOLÊNCIA NA POLÍTICA





Para quem imputa intolerância e violência ao grupo que se indigna com as barbaridades que a Esquerda pratica em nome do “politicamente correto”, está redondamente enganado. É justamente o contrário. A Esquerda teve um surto de “amnésia” de 30 anos de descalabros, rapinagens, corrupções, roubalheiras etc e de repente virou santinho e psicografa até livro espiritualista. E quer que a gente de bem tampe os olhos para essa sem-vergonhice “esquerdopática” que contamina e pesteia tudo em volta. Nossa índole não é igual a essa turma.

Schiller fala que existem dois impulsos sociais nos seres humanos: sensível e formal. O “impulso sensível” é egoísta, primitivo e violento, regido pela força bruta. E o “impulso formal”, tem caráter moral e censor, por causa da nossa evolução histórica.

Portanto são grupos polares humanos, com tendências opostas: 1) um aspira à “variação”, sensível ou virginal e se apresenta como “homem natural”.

2) outro aspira à “imutabilidade”, formal ou maduro e se apresenta como “homem moral”.

Como resolver esse impasse?

É preciso criar um “terceiro impulso” que sirva de intermediário entre os dois, sem destruir o impulso “sensível” pelo “formal”; ou vice-versa. Velar para que nenhum dos dois impulsos viole a fronteira do outro é o problema da “Cultura” a qual está obrigada à administrar justiça à ambas as tendências; não só defendendo o impulso racional contra o sensível, mas também este contra aquele.

Mas de qualquer maneira o “homem natural” precisa se transformar no “homem moral”. Isso se realiza através da Educação e da Cultura. Por isso nossa proposta de se criar o Conselho Cultural do Brasil (CCB).

Antonio Marques

O ESTADO TEOCRÁTICO




Só não nos tornamos um Irã dos Aiatolás porque não temos cultura milenar. Afinal a Antiga Pérsia foi o berço da civilização, período no qual a Religião preponderava sobre a sociedade constituída entre: “religião - monarquia - comércio”; numa forma monolítica piramidal ou Uni-membração Social. A Religião era calcada nos Mandamentos (com códigos e normas), os quais geravam impulsos sociais e econômicos. O ser humano não existia como indivíduo (como ser livre), pois estava subjugado à divindade, à terra, à hereditariedade e ao monarca.

No período greco-romano nasceu o Direito — o “civis romanus” (o cidadão de Roma), com direitos, deveres, propriedades, tribunais etc. Pode-se denominar Bi-membração Social. E recentemente com as grandes navegações (1500), nasceu a Economia, necessitando de “capital” (significa aquele que usa a cabeça - capitis) para investir em grandes projetos “globalizantes” (um produto feito aqui pode atender a necessidade de um consumidor do outro lado do globo). Estamos vivendo então a Tri-membração Social?

Ainda não. Todos países estão atrasados nesse quesito evolutivo civilizatório: todos estão vivendo a Bi-membração Social, entre as Vidas Política/Jurídica e Econômica. Onde está a Vida Cultural/Espiritual da humanidade, onde deve imperar o “liberalismo”?

Voltando ao nosso país, com todo mérito do atual Estado brasileiro ter feito uma faxina moralizadora no tocante à corrupção e desmando com a coisa pública; e começando a entregar seu patrimônio de bens de produção, empresas etc nas mãos da iniciativa privada (economia), mas está exalando ar teocrático — em grande parte por estar atrelado à bancada religiosa no Congresso. No entanto Estado Teocrático é um retrocesso evolutivo, pois já deveríamos estar vivendo sob a égide dos três poderes:

Liberdade — para o indivíduo (Liberalismo)

Igualdade — perante as leis (Democracia)

Fraternidade — para trabalhar para os outros (Economia)

A prerrogativa Estatal é a de promover a “igualdade” entre todos perante a lei e de fornecer serviços públicos de qualidade (segurança pública, burocracia documental, estradas etc). A postura teocrática estatal subsististe por causa da ausência do 1º membro do organismo social, que no passado era a Religião, como se mostrou acima.

É preciso resgatar o 1º membro do organismo social - para dentro do seio da sociedade com a criação do Conselho Cultural do Brasil (CCB) em Brasília. Assim teremos um projeto de sociedade que almejamos. Teremos um futuro para todos. Todos são convidados a participar. Entre no blog para ver outros artigos.

Antonio Marques

INTROMISSÃO ESTATAL NOS OUTROS DOIS PODERES DO ORGANISMO SOCIAL: VIDA CULTURAL E VIDA ECONÔMICA





Estamos cansados de ver a intromissão Estatal nos outros dois órgãos do organismo social: na Vida Cultural e na Vida Econômica. Isso ocorre porque nossas autoridades desconhecem como funciona o organismo social; e acaba resultando numa “doença” nesse organismo social. É preciso fazer um diagnóstico da situação para depois instituir o remédio correto.

Por exemplo: 1) recentemente o Estado (através de um Ministério) impingiu abstinência sexual em jovens para evitar gravidez precoce, com a justificativa de proteger as crianças. Não resta dúvida de que essa situação é preocupante de meninas sem maturidade se engravidando. Mas dessa maneira o Estado entra numa esfera que não lhe compete, ao assumir uma postura religiosa dogmática, violando o regime de liberdade individual. Só que essa esfera pertence à Vida Cultural/Espiritual, que por não existir como instituição, é invadida pelo Estado. 2) No outro extremo vemos o Estado possuir fábricas, propriedades, bens de capital etc competindo inclusive com o setor produtivo. Só que essa esfera pertence à Vida Econômica.

Portanto, esses dois erros crassos precisam ser esclarecidos e corrigidos. Para isso é preciso entender como funciona o organismo social — que a exemplo do organismo humano, como o filósofo grego Protágoras (450 a.C.) falava: “o homem é a medida de todas as coisas”, aponta para conhecermos sobre o ser humano para entender o funcionamento do organismo social. Plantão aprofunda mais: “há no organismo humano como no organismo social as mesmas partes e números iguais” (Rep. 441c). Ou seja, existe uma fisiologia humana que, ao compreende-la poderemos entender como funciona o organismo social. Estamos falando de uma “fisiologia social”.

Por isso Steiner enfaticamente afirmava: “Ao lado do Parlamento Político, que administra a posição jurídica do indivíduo perante a coletividade e do povo todo perante o mundo Internacional, a ao lado do Conselho Econômico, que deve zelar pelas bases materiais da vida do povo, precisamos de um Conselho Cultural que se preocupe com os assuntos espirituais e tenha como tarefa a promoção dos mesmos” Steiner (GA 202).

“Tanto o Estado Político-Jurídico quanto o setor econômico receberão diretamente do setor espiritual autônomo, as influências culturais necessárias às suas próprias funções” (Os Aspectos Fundamentais do Problema Social, p.66).

Por isso se faz necessário o resgate do 1º membro do organismo social, como Conselho Cultural do Brasil (CCB) que estamos pleiteando para seja criado em Brasília, junto com outros dois setores, para atendermos às três esferas do organismo social:

Vida do Indivíduo - liberalismo (CCB, a ser criado)
Vida jurídica/política - igualdade entre todos
Vida econômica - fraternidade (trabalhar para os outros)

Antonio Marques

IMPERIUM ESTATAL - A DITADURA DO ESTADO




Em 1792, três anos após a Revolução Francesa, Wilhelm von Humboldt, aos 25 anos, escreveu: “Ideias para uma tentativa de determinar os limites da eficiência do Estado”, cuja tese central era de que o Estado não deveria se preocupar com o bem-estar positivo de seus cidadãos; mas apenas com o bem-estar negativo de seus cidadãos. E escreveu: “O Estado se abstém de todos os cuidados com a prosperidade positiva de seus cidadãos e não vai além do necessário para garantir contra si próprio e contra inimigos estrangeiros; ele não limita a liberdade deles para nenhum outro propósito”. Em uma carta a Gentz em 1791: “O princípio de que o governo deve garantir felicidade e bem estar físico e moral, é precisamente o pior e o mais opressivo despotismo”. (Fonte: título acima da Ed. Freis Geistesleben, 1962, Schweiz).

No século XIX surgiu a crença dogmática de “Estado Unitário” (estatização), como panaceia para resolver todos os problemas. Por muito tempo o mundo todo vivia sobressaltado, pois dependia do “telefone vermelho” entre dois presidentes: dos USA e da URSS. E mesmo atualmente é assim que ocorre: poder absoluto centralizado nas mãos dos presidentes dos países. E essa sensação de poder respinga para a base da pirâmide estatal: quem não deseja passar no concurso para cargo público? Ter emprego (e aposentadoria) garantido, enquanto a maioria amarga uma luta desgraçada para sustentar a vida nababesca dos Senhores do Imperium Estatal?

Afinal, o Estado serve para servir à sociedade? Ou a inversão de valores: o povo serve para sustentar um Estado paquidérmico? Como no caso atual do Covid-19, quando todos da linha produtiva amargam prejuízos enormes e quebradeiras, com redução drásticas de ganhos e salários, os “funcionários públicos” (de todos os níveis), políticos, juízes etc – no promontório de seu Olimpo, estão imunes à pandemia; e nem diminuem seus salários. Realmente, essa é a pior ditadura que vivemos: o Imperium Estatal. Estamos repetindo antiga Roma.

Nesse texto de Humboldt, se fosse pensar no bem-estar positivo de seus cidadãos, deveriam também ser proibidos: álcool, cigarro etc, porque matam pessoas. Também as estradas deveriam ser fechadas, porque matam. Esportes radicais também matam. Etc. etc. No caso do Covid-19 o Estado deveria ter dito: nós o ajudaremos se você quiser ficar em casa - preparamos tudo para que a doença possa ser tratada da melhor forma e protegeremos aqueles em risco (cuidar do bem-estar negativo). E nunca poderia dizer: você precisa ficar em casa para não ser infectado (bem positivo do cidadão).

Qual a realidade que vamos enfrentar: o Estado “destruiu a Vida Econômica” de uma maneira sem precedente. Além disso, “destruiu a Vida Cultural”: sem escolas, sem faculdade, sem cinemas, sem museus, sem teatros, sem igrejas etc. Um cinismo de destruição cultural que não ocorreu desde Robespierre e Lenin.

Em princípio, o Estado possui apenas 1/3 de todo organismo social. Os outros 2/3 pertencem à Vida Cultural e à Vida Econômica. Esta é a questão cerne do problema do organismo social saudável. Temos que repensar este organismo social. O Estado precisa dividir sua atuação com as outras duas esferas sociais. Isso tem que ser feito agora. Não vamos querer que se repita isso no futuro.

Baseado no Rundbrief zur Antrop. Dr F. Husemann

Dr. Antonio Marques
Conselho Cultural do Brasil (CCB)

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Bloco 1 Abuso de Autoridade  O Fim da Política  Violência na Política  O Estado Teocrático  A Intromissão Estatal Imperium Estatal ...